Going On Holidays! See Ya In 10 Days....

11%

Uma pessoa lê jornais portugueses, blogs, e assiste aos noticiários. Como sempre apreendemos que Portugal é um buraco sem fundo, nao tem emenda, é só desgracas, é só tristes a governarem-nos (esta última tem o seu quê de verdade...). Ainda por cima estamos perante uma crise mundial!!! Tristeza ao quadrado, ou ao cubo...

Pois no meio desta da habitual depressao colectiva leio no Diário Económico que o Ministério da Saúde reduziu em 11% o número de funcionários, entre 2005 e 2007.

Ora, se todos os organismos públicos reduzissem o pessoal em 10%, a reforma do Estado estava praticamente feita... já ninguém se lembra de Correia de Campos pois nao...?

OK - agora esquecam que leram isto, e voltem à vossa lamechisse de sempre......

Este fim de semana sinto-me assim...

(com a devida vénia ao Há Vida em Markl)

Povo Unido...

Não ando com grande inspiração/paciência para escrever umas postas, mas há coisas que deixam uma pessoa estupefacta.

Imaginem se em Portugal o boletim de voto fosse como no Estado de Minnesota, nos EUA:

http://www.sos.state.mn.us/docs/2008_general_example_ballot.pdf

Barack Obama

Até parecia mal nao postar nada...

Nacionalização do BPN (2)

Hoje os jornais dizem-nos que a nacionalização do BPN é fundamental para "salvar" o sistema financeiro português.

Se os jornais dizem é porque deve ser verdade...............



Entre as várias notícias de nacionalizações, empréstimos, e recapitalizações de bancos na União Europeia, é com alguma satisfação que observo que o banco onde tenho as minhas contas na Alemanha mantém-se sólido: o Volskbank.

(espero não ter de morder a língua daqui a uns tempos...)

Twitter

A partir de hoje estou no Twitter - espero que mais se juntem... basicamente é um conceito muito mais simples e interactivo que um blog. E dá menos trabalho a manter... 140 caracteres fazem milagres...

Podem ler-me aqui:

http://twitter.com/miguel_iglesias

Mas claro que também vou continuar aqui...

Nacionalização do BPN

Depois da posta anterior, que me tomou algum tempo, já refastelado por saber que o Benfica ganhou em Guimarães, pensava que hoje já não escrevia mais nada. Entretanto dou com a extraordinária notícia da nacionalização do BPN...

Lendo o que saiu na comunicação social, esta nacionalização não faz qualquer sentido.

A crise que se abateu no BPN não tem nada a ver com a crise do mercado de crédito, mas sim com burlas e fraudes desta instituição, que claramente a colocaram numa situação insolvente, com prejuízos e incapacidade de cumprir obrigações.

Deve o Estado utilizar o dinheiro dos contribuintes para salvar uma instituição destas? Pelo que leio, não. Vivemos e bem num sistema capitalista, em que as empresas mais fortes e competitivas triunfam, e as empresas incapazes encerram, vendem-se, vão à falência... assim reforça-se o valor das empresas que sobrevivem.

Se o que está na base da decisão é a "importância" do BPN no sistema financeiro português, ou as participações que o banco possa ter noutros sectores ou empresas, algo está mal... desde quando é que o BPN é um banco fundamental no nosso sistema...? Esse seria o único princípio que levaria a esta acção do Estado.

Escrevo um pouco a quente, pois faltam aqui pormenores, que podem ter levado a esta decisão do Governo. Mas como convicção isto é claramente um erro, e quem fica a arder, como sempre, são os contribuintes. Esta brincadeira vai custar no minímo 700 milhões de euros...

Closing Arguments

Após semanas algo intermitentes aqui no blog, ainda cá estou! Por isso, vale a pena postar algo com mais substância e que resuma o que penso das eleições americanas e Barack Obama.

Terça-Feira chega ao fim as eleições mais viciantes a que eu alguma vez prestei atenção. Embora seja um "political junkie" por natureza, nunca nenhumas eleições em Portugal mexeram tanto comigo. Poderá também ter a ver com o facto de não estar em Portugal, e ler e ver muito noticiário estrangeiro, que me fez focalizar mais na América cuja cobertura nos media, nos blogs e no You Tube é avassaladora.

Mas a principal razão é Barack Obama.

Admiro e admirei muitos políticos socialistas - Bill Clinton, Tony Blair, Zapatero, apenas para mencionar entre Presidentes e 1ºs Ministros - mas creio que encontramos em Barack Obama o primeiro líder do séc. XXI.

Primeiro, Barack Obama é um comunicador de excelência. Tem uma capacidade oratória fantástica, é muito claro, tem uma excelente dicção, e consegue atrair a atenção das pessoas. Como é óbvio, se fosse apenas por isto havia muita boa gente candidata a Presidente dos EUA...

Foi um aluno brilhante de Harvard, o primeiro afro-americano presidente da Harvard Law Review, professor de Direito Constitucional na Universidade de Chicago, o que nos diz que é uma pessoa inteligente, com mérito, e com capacidade para reflectir sobre os temas que irão desafiar a próxima Presidência.

Claramente é uma pessoa com discernimento, que contempla com muito cuidado os diversos assuntos, não é impulsivo como McCain foi quando se deu o crash na Bolsa, gosta de se rodear de especialistas que lhe dão opiniões factuais derivado da sua academia e experiência - já começam a ser famosas as reuniões que tem com o seu gabinete de economia ou de política externa.

E é alguém com capacidade de decisão. O lançamento da sua candidatura, a forma como a sua campanha foi gerida, a escolha de Joe Biden, a sua reacção a todos os temas que marcaram a campanha destas eleições sugerem que estamos perante uma pessoa que não se encolhe perante os desafios, que estuda com profundidade os dossiers, que sabe ouvir os especialistas, e que toma as suas próprias decisões.

Isto são tudo qualidades pessoais. Falta o factor ideologia. A combinação faz de Barack Obama o líder que a América e o Mundo precisam, na minha opinião.

E a ideologia significa libertar os EUA do conservadorismo neoliberal que aprisionou aquele País durante os últimos 8 anos com os resultados que se conhecem. Défice orçamental e comercial esmagador, 2 guerras sem sentido, crise económica, condicionamento dos sistemas de saúde e segurança social com tentativas falhadas de privatização, agravamento do nível e custo de vida, aumento do desemprego, aumento das desigualdades, nomeações desequilibradas para o Supremo Tribunal de Justiça com uma maior tendência ultraconservadora, militarização da política externa, unilateralismo, tentativa de descredibilizar o combate ao aquecimento global, políticas ambientais praticamente inexistentes a nível federal, etc etc etc.

Os Democratas irão trazer uma nova corrente política, cujas bases estarão assentes num sistema de saúde universal, combate à crise económica com políticas expansionistas e investimento público, e mudança do paradigma energético, com a criação de uma economia verde, que reduza a dependência do petróleo.

A partir destes 3 temas, veremos uma América mais preocupada com as pessoas de menores recursos e com a classe média. Veremos corte de impostos não para as grandes corporações e milionários, mas para quem realmente precisa, particularmente nesta crise. Veremos finalmente um modelo americano na saúde, universal e a baixo custo para todos os seus cidadãos. A garantia de sistema de segurança social público bem regulado, que garanta às pessoas o rendimento na aposentação para o qual pouparam durante uma vida trabalho. Veremos investimento público em infra-estruturas, que permitirão criação de postos de trabalho e ter um efeito multiplicador na economia - a receita Keynesiana. Veremos apoio a empresas energéticas e empreendedores que invistam nas energias alternativas e renováveis, apoios para a melhoria da eficiência energética de edifícios e habitações, e que permitirão aos EUA ter um papel de líder na economia verde do futuro, além da criação de novos empregos. Veremos o fim da ocupação americana no Médio Oriente, pelo menos para níveis aceitáveis que permitam a estabilização do Iraque e Afeganistão. Veremos o regresso do diálogo diplomático. Veremos o retorno do investimento na educação, nas escolas públicas, que permitam um ensino de excelência a todos os jovens americanos e não apenas a alguns.

Estes e outros temas irão ocupar a próxima Presidência dos EUA. Que terá muitos riscos.

O primeiro que salta à vista é o equilíbrio entre o investimento público que se anuncia e o balanço do orçamento federal. George W. Bush deixa uma herança terrível a nível financeiro, e será necessário prioritizar muito bem as necessidades dos próximos anos. O outro é a crise económica, que nos fará entrar em recessão nos próximos anos. Julgo que Barack Obama e o Partido Democrata sabem o que os espera.

As eleições americanas são importantes porque projectam uma imagem para o Mundo. Ao contrário do que julga os resultados nos EUA são importantíssimos. Não só pela questão da política externa, ou da economia.

Será o primeiro afro-americano eleito Presidente dos EUA. É um acontecimento histórico, que certamente ajudará a mudar a imagem da América no Mundo, particularmente o sentimento anti-americano nos países islâmicos. Mas também será muito importante pelo exemplo para as organizações políticas nos outros Países. Não tenho dúvidas nenhumas que esta campanha de Obama será uma trade-mark para todos os partidos socialistas/sociais-democratas/democratas/trabalhistas desse Mundo fora.

Veremos os temas políticos, a forma e o estilo da campanha de Barack Obama certamente reflectidos. E isso é bom. Porque a campanha de Obama foi excepcional, e porque acredito que a sua direcção e temas políticos são o futuro para a minha geração.

É por isso que tenho muita esperança em Obama. Não sou o único. Está à vista de praticamente todas as pessoas.

Se Barack Obama ganhar na 3ª Feira, como acredito que ganhará, o Mundo será um lugar melhor no futuro. Pelo menos temos essa Esperança, o que já não é pouco...

And these are my closing arguments! Yes We Can !

Palavras para quê...

Efeito Powell

Quando assisti ontem ao Meet The Press na NBC onde Colin Powell foi entrevistado, fiquei impressionado a argumentação do ex-Secretário de Estado da primeira Administração W. Bush para apoiar a candidatura de Barack Obama.

Hoje ao ver e ler os vídeos e artigos dos diversos comentários ao longo do dia, reforcei essa ideia, pois praticamente é consensual que este apoio foi um ponto fortíssimo para a campanha democrata, quando faltam apenas 2 semanas para as eleições. Mesmo que não fosse pela força apelativa das suas palavras e do seu julgamento que faz das eleições e dos candidatos, só o facto de estar a ocupar espaço mediático quando falta tão pouco tempo para o voto é uma grande bofetada nos Republicanos. Se vai render votos é discutível. Diria que reforça a credibilidade de Obama, e aproxima com alto grau de probabilidade eleitores independentes e Republicanos moderados do voto em Barack Obama.

O apoio de Powell irá também concerteza ter um grande impacto entre os militares americanos, e veteranos de guerra.

Entretanto, nos diversos comentários pós-Meet The Press chamou-me a atenção a assertividade de Zbigniew Brzezinski, antigo Conselheiro Nacional de Segurança de Jimmy Carter, e que é um apoiante público de Obama.

A Demagogia é Extraordinária...

É ler este pedaco de prosa, na entrevista do DE a Miguel Relvas - o "Mourinho" de Cavaco Silva, daqueles gestores queques que gostavam muito de ser alguma coisa na política, mas que vivem num Mundo aparte...


Este Orçamento é de rigor e transparência com diz o Governo ou de ilusão como diz Manuela Ferreira Leite?
Antes de classificar o orçamento vale a pena avaliar os resultados da política económica que tem sido seguida e que esta também na base do actual orçamento. Os indicadores económicos mostram que o país de propaganda e espectáculo do Governo não corresponde à realidade. Portugal está mais pobre, há mais desemprego, mais endividamento externo e estamos menos competitivos do que há quatro anos.

Como assim?
Tinhamos em 1974 74,7% do rendimento da União Europeia, hoje temos 73,3%. Temos mais de 400 000 desempregos 7,6% da populaçao activa, sendo metade dos desempregados de longa duração e, por exemplo, o desemprego dos jovens atingiu uma taxa de 17,4% (o dobro da média nacional). Temos ainda uma dívida externa que hoje atinge os 100% do PIB (era de 64% do PIB, em 2004) que resulta de um défice externo sistemático que atingiu um valor recorde em 2008: 10,6% do PIB, que é insustentável.


Observe-se a perspicácia deste Special One, afirmando que estamos pior que há 4 anos atrás, exemplificando a actual situacao com dados de... 1974 !!!!! E afirma que a dívida externa é de 100% do PIB...?? Que se saiba, em 2007 a Dívida Pública da República Portuguesa foi de 63,6% do PIB, mas se calhar estamos a falar de coisas diferentes...

Com esta gente havíamos de ir longe...

Nao há Duas sem Três...

CBS Poll: Obama Has Edge In Final Debate
By Large Margin, Uncommitted Voters Say Democrat Won The Last Debate Before The Election

Desespero Republicano

Email que "transpirou" para fora de um analista Republicano, que conduziu um focus-group mostrando anúncios anti-Obama a um grupo de independentes (Ben Smith - Politico):

Reagan Dems and Independents. Call them blue-collar plus. Slightly more Target than Walmart.

Yes, the spot worked. Yes, they believed the charges against Obama. Yes, they actually think he's too liberal, consorts with bad people and WON'T BE A GOOD PRESIDENT...but they STILL don't give a f***. They said right out, "He won't do anything better than McCain" but they're STILL voting for Obama.

The two most unreal moments of my professional life of watching focus groups:

54 year-old white male, voted Kerry '04, Bush '00, Dole '96, hunter, NASCAR fan...hard for Obama said: "I'm gonna hate him the minute I vote for him. He's gonna be a bad president. But I won't ever vote for another god-damn Republican. I want the government to take over all of Wall Street and bankers and the car companies and Wal-Mart run this county like we used to when Reagan was President."

The next was a woman, late 50s, Democrat but strongly pro-life. Loved B. and H. Clinton, loved Bush in 2000. "Well, I don't know much about this terrorist group Barack used to be in with that Weather guy but I'm sick of paying for health insurance at work and that's why I'm supporting Barack."

I felt like I was taking crazy pills. I sat on the other side of the glass and realized...this really is the Apocalypse. The Seventh Seal is broken and its time for eight years of pure, delicious crazy....

LOL

E aí está...

O Secretário de Estado do Tesouro Americano decidiu nacionalizar parcialmente o capital dos principais bancos americanos. É uma solucao de compromisso entre Público e Privado, em que o Estado nao controla integralmente os bancos, mas injecta capital e impoe regras na gestao.

Espera-se que os diversos mercados financeiros reajam positivamente a estas notícias, e que seja realmente o princípio do fim da crise.

Today I'm Feeling Good

God Save The Queen !! (and Gordon Brown...)

E aí está - o que parece ser o início do fim: o Reino Unido por ordem do 1º Ministro Gordon Brown decidiu nacionalizar os principais bancos britânicos de modo a estabilizar de vez o sistema financeiro.

O Governo Britânico vai injectar 37 biliões de libras esterlinas no Royal Bank of Scotland, Lloyds TBS e HBOS, demitindo igualmente os seus principais executivos.

Em reacção a este movimento do Governo Trabalhista as Bolsas tiveram altas subidas de cotações, com o Dow Jones Industrial Averages a subir 11% !

Ironia das ironias, foi anunciado que o Nobel da Economia será atribuído a Paul Krugman, fervoroso liberal e anti-Bush, que hoje escreve no NY Times a elogiar as políticas de Gordon Brown para superar a crise - Gordon Does Good.

Da angústia os mercados passaram hoje para a euforia. Se a Administração Americana seguir passos semelhantes aos Britânicos, estaremos perto de resolver a crise dos mercados financeiros. Por enquanto o republicano Paulson continua retincente, devido aos seus dogmas e a um forte lobbying conservador. Mas chegará lá, não tem alternativa, tal como aconteceu com o AIG.

As últimas semanas derrotaram de vez o credo do Mercado Perfeito, da Auto-Regulação, e de toda a matreirice que conservadores e neo-liberais nos venderam nas últimas 3 décadas. Em alturas de crise e desespero, os únicos que vêm em auxílio das pessoas são os Governos - que não fazem mais que a sua obrigação.

Para finalizar: espero sinceramente que Gordon Brown seja reeleito. Será difícil, para não dizer impossível, mas o Reino Unido merece um líder assim.

Vale Tudo

Através do Mar Salgado leio que o Governo Britânico, através de uma Lei anti-terrorismo, congelou activos de um banco islandês no RU, de modo a recuperar perdas de instituicoes britânicas no mercado financeiro daquele País.

Portanto, chegámos ao vale tudo. Nao se admirem com o que venha a seguir...

Meanwhile in Portugal...

Parece que o Governo já está a preparar algumas medidas de carácter social para amortecer o impacto da crise que irá marcar os próximos meses. Julgo que as medidas enunciadas - descida de IRC, reforço de abonos, etc - não são medidas profundas ou que possam causar grande impacto, mas contribuem para ajudar famílias e PME. Também se pode concluir que o Governo não irá facilitar o nível do défice no próximo ano, pois estas medidas não terão grande impacto nas contas do Estado.

Claramente essa vai ser a bandeira com que Sócrates se irá apresentar ao eleitorado nas próximas Legislativas. Consertou o défice das contas públicas (ou pelo menos colocou-o a níveis sustentáveis). Infelizmente para Sócrates (e para todos os portugueses) devido a esta crise a economia não irá recuperar. Ainda não será nos próximos anos que iremos voltar a convergir com o resto da Europa.

Veremos no entanto como será a evolução da crise - para já começam a surgir notícias diárias sobre despedimentos ou redução de níveis de produção em diversas indústrias, particularmente na automóvel. Esse facto também tem consequências nas unidades siderúrgicas da Europa, que fornecem as matérias-primas, para não falar nos fabricantes de componentes. E tudo devido às perspectivas de retracção no consumo. Elementar. Os próximos meses serão complicados.

Post-debate

Acabo de ver o vídeo do debate, e claramente McCain não conseguiu virar o jogo. Ou seja, se tudo continuar como está, Obama será o próximo Presidente dos EUA.

Apesar de ter estado melhor do que no debate anterior, no que concerne à questão económica no geral, julgo que McCain escorregou um pouco na questão do healthcare, segurança e protecção social. A primeira parte do debate correu melhor a Obama, no entanto quando entraram as perguntas de política externa McCain libertou-se um pouco, notou-se que ficou mais à vontade, e nivelou a discussão.

No entanto, o debate também ficou marcado pelo remoque de McCain, tratando Obama por "that guy", em relação a uma proposta de lei sobre energia, e pelo ataque de Obama ao facto de McCain ter cantarolado "bomb bomb bomb Iran", durante uma acção de campanha. Julgo que estas duas situações pegaram para quem viu o debate. Todo o spin criado na comunicação social após o debate também evidenciou esses episódios.

Portanto, felizmente tudo indica que Barack Obama conseguirá ganhar a maioria dos votos eleitorais nas próximas eleições americanas. Neste momento lidera as sondagens nos Estados chave para o desfecho eleitoral, e julgo que McCain apenas conseguiria recuperar caso acontecesse uma catástrofe. Mas... ainda falta um mês. The race goes on.

2° debate presidencial

Ainda nao o vi - mas novamente a sondagem da CBS entre os eleitores "uncommited" dá uma vitória a Obama.

Mais tarde volto com comentários.

Andrew Sullivan dixit

The reason I'm posting this is to remind American voters what a real democracy sounds like.

The horrifying sequestering of Sarah Palin from a press conference and anything like this kind of public interrogation is a scandal. Thatcher was already prime minister, about to be re-elected in a landslide when this debate happened. And she was happy to be subjected to this from an average citizen. This is what feminism looks like in action - from citizen to leader. It's important to remember how deep a decline in female political equality Sarah Palin represents.

Não encontraria melhor comparação. A Primeira-Ministra Tatcher noauge do seu poder, a ir à televisão submeter-se ao confronto com os cidadãos, e uma política wanabe, que poderá chegar à vice-presidência americana, cuja campanha não permite o escrutínio público. Vale a pena ver e ler.

Biden vs Palin

Resumo do debate de ontem:

Palin - muita parra pouca uva.
Biden - seguro e convicto.

Resultado: os americanos dão a "vitória" a Biden.

A sondagem da CBS dá 46-21% para Biden, enquanto que a sondagem da CNN dá 51-36%.

Portanto, job well done para os Democratas, mas julgo que os Republicanos não têm motivo de queixa. Apesar de ter sido muito fraca no conteúdo, aguentou-se com um estilo agressivo. O que face às expectativas não foi mau.

Portanto, o foco de novo nos candidatos a Presidente, que é o que interessa. Na próxima semana novo debate, com temas de política doméstica americana.

Debandada Republicana do Michigan

McCain pulling out of Michigan

Os Republicanos já deram como perdido um dos Estados que seria uma das grandes oportunidades para contestar a eleição. Correu mal, e agora vão ter que correr atrás do prejuízo.

Entretanto na véspera do debate vice-presidencial, chovem as reportagens mostrando as virtuosas aparições de Palin em entrevistas. É de uma pessoa ficar doente...

Coisas importantes

Não, não é o Senado americano tentar aprovar o que a Casa de Representantes chumbou; não, não é o homem mais rico do homem comprar 3 biliões de dólares de acções da GE como prova de confiança no mercado; não, não é debate vice-presidencial de madrugada; não, não é Lisboa andar ao rubro por causa de umas "casitas" do património que foram praticamente dadas.

Não. Nada disto é importante esta semana.

O importante foi o Benfica ter despachado os lagartos, os andrades terem sido por sua vez despachados com 4 pelos bifes, e amanhã despacharmos novamente os mafiosos.

Parece que entretanto os lagartos jogam uma partidazeca qualquer com uns suíços, mas não vale a pena prestar atenção...

E a montanha pariu um... Bailout

House Rejects Bailout Package, 228-205; Stocks Plunge

Veremos os efeitos da não aprovação deste plano pelo Congresso americano. Não nos mercados de acções - mas principalmente nos mercados monetário e de crédito. A urgência de medidas jogam-se para estes 2 mercados. Por exemplo, o preço do petróleo já estará a baixar imediatamente devido às expectativas de que a economia irá abrandar. Strange Misleading effects...?

Julgo que a consequência da rejeição deste plano será a elaboração de um novo. Tão simples quanto isso. Alguma coisa tem de se fazer. O busílis está no que se deve fazer...

Ler e reler

McCain’s Suspension Bridge to Nowhere - Frank Rich, NY Times

MIddle Class

À medida que vão saindo mais sondagens sobre o debate de ontem, fica claro que para os americanos quem ganhou foi Barack Obama. A sondagem CNN dá 51% Obama para apenas 38% McCain. Pois...

Por uma razão muito simples - Obama falou para eles - para a classe média, para as famílias em dificuldade. Os primeiros 30 minutos decidiram o debate. McCain até poderia ter dado uma tareia a Obama na política externa (que claramente não aconteceu), mas os americanos continuariam a achar que Obama esteve melhor.

Estava na cara. Depois de 2 semanas em que a crise financeira foi o assunto do dia, seria de esperar que os americanos estivessem focados nesse tema. E o problema não é só a crise financeira. Aumentou o desemprego, a precariedade, aumentou o endividamento das famílias, que desesperam por um sistema de saúde público universal, aumentaram as desigualdades sociais.

Face a este cenário, os Democratas são quem apresentam as melhores soluções e argumentos. Desde logo porque têm a caução de 8 anos de Administração Clinton/Democrata, em que deixaram o País com um superavit orçamental, em que a taxa de desemprego era de 4%, e agora de 6,5%, com uma economia robusta (apenas ofuscada pela bolha das dot.com) e em que se respirava confiança.

Tudo Bush Levou. Ontem os americanos perceberam quem falou para eles.

Os anúncios das campanhas pós-debate também dizem muita coisa:





E Barack Obama não esperou muito para partir imediatamente para o ataque:



Dado que os próximos debates se irão centrar nos temas domésticos, claramente Obama vai ter mais margem de manobra. Mas primeiro veremos como corre o debate Biden vs Palin.

2-0

Os lagartos hoje até dormem refastelados... ahahahah

Sightseeing

Stade

Presidential Debate

Pontos altos de McCain:
- questão dos encontros diplomáticos com o Irão e afins;
- melhor focalização no se deve fazer presentemente no Iraque;
- defesa do programa core republicano (cortes de impostos, despesas do Congresso, referência aos veteranos)

Pontos altos de Obama:
- melhor argumentário sobre a crise económico-financeira;
- tocar nos pontos-chave do eleitorado (referência aos custos da classe média, wealthcare, educação, energias renováveis);
- crítica incisiva ao que levou o País para a guerra no Iraque, e o que disse na altura McCain.

Quem ganhou ou perdeu? Não é claro, mas parece que os primeiros inquéritos de opinião dão Obama à frente.
A CBS no inquérito que fez com "uncommited" que assistiram ao debate, dá 39% Obama - 34% McCain - 37% empate.
No entanto, no que concerne aos temas, Obama levou clara vantagem na parte económica (66-42%), McCain na política externa (subiu de 44 para 56% a opinião das pessoas de que McCain toma boas decisões em relação ao Iraque).

Houve bons disparos de parte a parte, mas ninguém se sobrepôs. Julgo que o que o eleitorado americano se focou principalmente no início do debate, sobre a questão económica, que era o que estava na ordem do dia. Aí Obama esteve melhor, e talvez será por isso que leva alguma vantagem nas sondagens pós-debate.

No entanto, julgo que o estilo de Obama de argumentar, começando sempre por dizer que "McCain tem razão nisto, mas..." não me parece eficaz, e os Republicanos já montaram um anúncio a demolir esse tique... não sei se pega no eleitorado, mas aposto que no próximo debate Obama não irá repetir a graça.

Por outro lado, parece que caiu muito mal o estilo intimidatório de McCain, nunca olhando para Obama, sempre muito tenso e zangado - também vem na sondagem da CBS que os eleitorados não gostaram da forma como se apresentou no debate.

Foi um bom aquecimento para os restantes debates. Veremos a evolução da táctica de ambas as campanhas. Mas julgo que Obama vai ter mais margem de manobra. Este debate era sobre política externa, e embora McCain tenha estado melhor no tema, Obama provavelmente ganhou aos pontos.

Mais importante: aumentou a percentagem de pessoas no eleitorado que o vêm preparado para ser Presidente - reduzindo substancialmente a distância que tinha para McCain. Isto promete.

Oh my goodness...

Sò de pensar que esta artista ainda tem possibilidades de ser eleita para vice-presidente da maior potência mundial até arrepia... basta ouvi-la...

Tomem lá 700 bilioes de dólares !

Lawmakers Agree on Outline of Bailout

Ainda falta um bocadinho...

Ao ler artigos de jornal de semanas passadas, deparo-me com um texto lapidar de Joao Pinto e Castro no Jornal de Negócios (17.09). Nao sei porquê, mas após mais de 1 ano a viver/trabalhar na Alemanha, tendo a concordar completamente com este parágrafo:

Logo, nada impede que Portugal se aproxime progressivamente de níveis
de prosperidade típicos da Alemanha – como, de resto, tem vindo a acontecer
desde há meio século – mas, a menos que ocorram catástrofes inimagináveis ou
transformações tecnológicas imprevisíveis não é expectável que os ultrapasse nos
próximos quinhentos anos. Quem tiver muita pressa, vai mesmo ter que
emigrar.

Magalhaes

Gostava de ter escrito todas as palavras deste post de Eduardo Pitta no Da Literatura.

"Vinda de onde vem — políticos com sensibilidade às novas tecnologias, jornalistas, bloggers da direita, etc.; e nem todos são tontos — a campanha contra o computador Magalhães roça o irracional. O governo faz propaganda? É evidente que sim. Que outro governo não faria? A introdução do Magalhães na rede de ensino é uma medida de indiscutível alcance? É evidente que sim. O busílis está em que Sócrates se lembrou, e eles não. "

E os Mercados afundam-se novamente...

... tem tudo a ver com expectativas. Os investidores estão muito confusos, muita contra-informação, vamos ver se o 4º trimestre não será um desastre. Já não sei o que dizer.

O fim da banca de investimento - como a conhecemos

Goldman Sachs and Morgan Stanley, the last big independent investment banks on Wall Street, will transform themselves into bank holding companies subject to far greater regulation - NY Times

Isto sao excelentes notícias para os mercados financeiros, pois limita a especulacao que poderia ser feita em redor destas instituicoes financeiras, as únicas grandes casas de investimento que sobreviveram às últimas semanas de crise.

E é importante nao só porque, fundamentalmente, se vao sujeitar a maior regulacao e a regras mais restritas, no que toca a garantias, empréstimos, etc, mas também porque optimiza as expectativas dos agentes do mercado. E as expectativas sao essenciais para os mercados acalmarem, para nao continuar a haver uma tendência de venda de accoes e derivados.

Finalmente parece que o plano de nacionalizacao e regulacao vai tomar forma de vez, os Democratas no Congresso vao introduzir as suas propostas para complementar as intencoes da Secretaria de Estado do Tesouro, e tudo correndo bem conseguir-se-á estancar a sangria dos últimos meses, preparando convenientemente o futuro, à espera da nova Administracao eleita.

Meet The Press - Henry Paulson

Entrevista ao Secretário de Estado do Tesouro dos EUA

Rebentaram a escala...

19 mil pessoas num Comício de reentré política diz muita coisa...

Enquanto uns se entregam às artes ocultas do silêncio, o partido do Governo apresenta trabalhinho.

Sightseeing

Brandenburger Tor - Berlim

Apesar da crise...

... os EUA nao deixam de ser um País fantástico. Após as notícias da falência do Lehman e afins, muitas empresas e start-ups vêm as consequências como uma oportunidade.

Primeiro, já estao a tentar contratar os cérebros que ficarao sem emprego. Extraordinário. Um País e uma economia destas até pode dobrar, mas nao quebra...

"We're all Communists now"

E mais um excelente comentário no NY Times, explanado o porquê destas nacionalizações serem apenas aspirinas no tratamento de um cancro:

Perhaps, It’s Time to Play Offense

Pergunta

Será que depois do antecedente das instituicoes financeiras, veremos a General Motors, a Ford ou outra grande empresa industrial a cair nos bracos do Governo Norte-Americano...?

Afinal que critérios a Administracao Bush utiliza...? Como já li num comentário de Nascimento Rodrigues no Expresso, uns sao filhos e outros enteados...?

United States of Socialist America

Esta crise financeira veio revelar a total vacuidade das políticas regulatórias por parte de tanto os Governos, como dos Bancos Centrais e Supervisores dos Mercados.

À medida que se vao conhecendo os pormenores dos sucessivos escândalos, percebemos que tudo isto podia ter sido evitado há muito tempo atrás.

Por exemplo, presta-se agora atencao ao facto de em Julho de 2007 a SEC (Securities and Exchange Commission - supervisor dos mercados) ter suspenso a "Uptick Rule" que vigorava desde 1938, e que basicamente regulava o short-selling nos mercados.

A razao da SEC para a suspensao era que esta regra retirava liquidez ao Mercado, e nao prevenia necessariamente a manipulacao das accoes...

Ora... a regra instituída em 1938 visava principalmente combater o "Bear Raid", em que os traders forcam o preco das accoes para baixo para cobrir uma posicao short. Pura manipulacao e fraude.

Resultado: em Julho de 2008, um ano depois, o short-selling estava a níveis recordes...

Ao longo dos últimos anos foram igualmente promovidas mudancas no Financial Accounting Standards Board, um género de POC, regulado por uma entidade privada, que introduziram diversas condicionantes que propiciaram o aparecimento de produtos financeiros complexos.

E por aí fora... mais pormenores hao-de ser dados a conhecer aos leigos nos próximos dias. Os contribuintes americanos estao a pagar estas trapalhadas das suas instituicoes governamentais e regulatórias. Nao mereciam.

Capitalismo morto, Socialismo posto... salvé administracao Bush...

Seriedade e Credibilidade...???

Manuela Ferreira Leite nos Açores: "No continente não há democracia"
via Expresso

Sim, senhor... extraordinário. O silêncio vem dar nisto.
Não há de ir muito longe...

Olha... mais uma Nacionalização...

Fearing a financial crisis worldwide, the Federal Reserve reversed course on Tuesday and agreed to an $85 billion bailout that would give the government control of the troubled insurance giant American International Group. - NY Times

Estou mortinho para ler o que os nossos liberais portugas vão escrever...

Race Update

For Obama’s Voters, It’s Change; for McCain’s, Experience - Gallup

Obama Banks on the Ground Game - Time magazine

The End of Independent Investment Banks

After 73 years: the last gasp of the broker-dealer - artigo de John Gapper, no Financial Times .

E um vídeo-comentário de John Plender, também colunista do FT.

Where to Keep Cash...

...When No Investment Seems Safe ?

É ler no NY Times. Escusam de ler os relets amanhã nos económicos portugueses...

Monday - first day of the week

Falência da Lehmann Brothers, compra da Merrill Lynch pelo Bank of America, o quase colapso da AIG, a descida de juros do Banco Central Chinês, descida generalizada dos índices bolsistas... what else will happen?

Se o mercado financeiro americano está a passar por problemas, a economia europeia não está melhor. Quem passa o dia o inteiro a falar com traders de diferentes países percebe que há uma nota demasiada pesada de pessimismo. Isto depois de um Inverno em que os mercados de importação/exportação estiveram ao rubro. O Outono está muito frouxo, e começa a ser uma indicação de que caminhamos para uma recessão generalizada.

O Presidente do Bank of America deu hoje uma entrevista interessante à NBC, na ressaca do buyout da Merrill.

SIghtseeing

Hamburg Hauptbahnhof

A partir de agora vou-me guiar por aqui

Pollster.Com

Um dia na vida de um grande benfiquista

LHC

Mais do que a fascinante possibilidade de descobrir como se formou o actual universo de matéria, talvez seja ainda mais interessante a possível descoberta de como será o fim (a palavra fascinante talvez já não seja aqui a mais adequada...).

A quem interesse aqui fica o link para o artigo científico:

Will the LHC look into the Fate of the Universe?
Abel, Jaeckel and Khoze - Durham University e CERN Geneva

Esta nunca tinha visto...

Grande Maradona...

Republican/Conservative Free Market...

U.S. Unveils Takeover of Two Mortgage Giants

Sightseeing

Berliner Dom

RNC wrap up

(clicar no link)

http://www.thedailyshow.com/full-episodes/index.jhtml?episodeId=184108

Back to zero

McCain's turn...

Só à noite é que vou conseguir escapelizar este discurso, mas desde já parece-me que não foi nada de especial. Bateu as mesmas ideias republicanas de sempre, não foi ao concreto, e parece-me que também não despertou grande entusiasmo.

McCain defronta-se com um problema sério, em termos da sua estratégia de campanha - como é que quer transmitir uma mensagem de mudança, de reformismo, quando é o seu partido, as mesmas pessoas que o apoiam e suportam, que estão no poder, e com uma das mais baixas taxas de popularidade de sempre.

No seu discurso, McCain tentou fazer uma inflexão tentando demonstrar que a sua Administração será muito diferente da de Bush/Cheney. Não sei se isso será suficiente para o eleitorado, particularmente se a mensagem dos Democratas de associar McCain a Bush continuar a ter sucesso.

Resta ver as sondagens da próxima semana, de modo a tentar perceber que efeito teve esta Convenção no eleitorado, e se os Republicanos recuperaram terrero. Por enquanto diria que não, mas...

Esta é original

Mira Amaral defende solução Ibérica para nuclear
no Expresso-online



Já que não temos a tecnologia, os recursos humanos e financeiros, e as condições geográficas para empreender uma central moderna em Portugal, voltemo-nos para os nuestros hermanos que concerteza receberão esta luminosa ideia de braços abertos...



"Esta solução teria como vantagem imediata resolver o problema da localização de uma central nuclear em Portugal, tal como referiu Joanaz de Melo, especialista em questões de Ambiente e ex-presidente a associação ambientalista Geota, também presente na assistência."



Chicos espertos...

Correu bem...

...e deu alguma folga à pressão que estava em cima dela.

Sarah Palin é bem parecida, discursa bem, e ao que parece já é um role-model para as mulheres republicanas.

Ontem teve a sua noite de brilho. Ou muito me engano ou partir de agora é sempre a cair... por agora estou curioso para saber como a candidata à vice-presidência desenvolve em situações de improviso. A acompanhar.

Entretanto, Joe Biden já iniciou o contra-ataque:

Brincar ao Colégio Eleitoral

O Washington Post tem um jogo engraçado para os viciados nas eleições no EUA, como é o caso deste estaminé - um mapa do colégio eleitoral interactivo em que cada leitor pode dar o seu palpite e fazer as suas contas apenas com meia dúzia de cliques. O meu deu o seguinte:



Portanto, para mim é "simples" - Obama varre a costa Oeste (Washington, Oregon, California e Nevada), e o Nordeste excepto New Hampshire que irá para McCain. Os Republicanos ganham todo o centro e sul, incluindo New Mexico, não havendo surpresas nas Carolinas, Flórida ou Louisiana. O Alaska para um lado, Hawai para outro.

A questão está no Midwest.
McCain fica com Indiana, Kansas, Nebraska, North Dakota, South Dakota e Wisconsin -- mas será Barack Obama a conquistar Illinois, Iowa, Minnesota, Missouri, e os fundamentais Ohio e Michigan.

Case closed - Democrats win - 280 / 258. But what do you think ?

GOP Convention

Sarah Palin está a dominar completamente o espaço mediático nos EUA.

Seja sobre a quantidade de filhos, a filha grávida, a filha com síndrome de Down, o marido que foi apanhado a conduzir alcoolizado há 20 anos, entre toda uma teia de contra informação - elaestá a ser investigada por uma comissão deética sobre o despedimento do ex-marido da irmã - Palin roubou o palco a John McCain.

Depois discute-se intensamente como é que McCain escolheu alguém para seu par no ticket, para a 2ª posição mais importante do País, sem conhecer essa pessoa. Sem nunca ter passado sequer meia dúzia de horas a falar sobre o País com Palin, sobre as suas ideias, sobre o que esperava do cargo.

Isto tem consequências importantes para o eleitorado - as pessoas começam a reflectir sobre o discernimento e capacidade de julgamento de McCain.

Sarah Palin foi uma escolha dos seus conselheiros e não do próprio McCain. A sua escolha era outra - Lieberman. Ora, se o processo de decisão McCainiano já funciona assim como candidato - colocando interesses pessoais (no caso eleitoralistas) à frente dos EUA - como será como Presidente dos EUA. Isto é fundamental e pode abrir um buraco entre o eleitorado independente.

Por último, e como consequência, este ruído de fundo entope a mensagem que o candidato quer passar. Já alguém percebeu quais são as ideias de McCain para o País...? Conseguirá ainda passar a mensagem..?

Sinceramente, não me lembraria de pior a acontecer a este candidato. O plano com a governadora saiu furado.

E quando pensamos que mais nada nos pode surpreender...

... saem estas notícias. Extraordinário.

Um vice-presidente de um partido demite-se, as coisas ficam só entre ele e o Presidente para ninguém se inquietar, tipo segredo de alcova, e o partido continua a sua vidinha como se nada tivesse acontecido. Extraordinário.

Boa posta no Corta-Fitas sobre o mesmo.

Sondagens EUA - Gallup

Parece-me estarmos perante uma onda positiva para Obama - claramente a Convenção Democrata teve sucesso. Os inquéritos Gallup confirmam a tendência - os estrategas de Obama acertaram na mouche - os apoiantes de Clinton inclinam-se decisivamente para Obama, o entusiasmo dos Democratas mantêm-se muito mais alto que os Republicanos, e Obama toca pela primeira vez nos 50% nas intenções de voto, com uma diferença de 8 pontos percentuais para McCain.

Ou seja, todos os objectivos do DNC foram alcançados. Veremos como vai decorrer o evento Republicano.

Couldn't agree more...

"Um colunista faz da desconfiança a sua profissão. E por isso é crítico. Pessimista. Relutante. É a herança de uma longa tradição da imprensa enquanto watchdog, e bem vistas as coisas esse cepticismo é uma das mais nobres qualidades que um produtor de opiniões tem para oferecer. Só que há uma reserva mínima de esperança na natureza humana que me parece indispensável manter; uma capacidade de acreditar no futuro e de reconhecer um político incomum quando ele aparece. Não se trata de achar que Barack Obama vai endireitar o mundo a partir da Casa Branca. Trata-se de acreditar que ele tem talentos excepcionais para exercer o cargo de presidente dos Estados Unidos da América. Em quase 35 anos de vida, nunca encontrei um político que me fascinasse tanto e não faria sentido esconder essa admiração com medo do erro ou da desilusão. Se há alturas na História em que devemos correr o risco de acreditar, esta é com certeza uma dessas alturas. E por isso eu sou por Obama, como nunca fui - e muito provavelmente nunca voltarei a ser - por outro político. Mesmo que em Novembro ele acabe derrotado. Ou pior: mesmo que eu acabe derrotado, com Mário Soares a aconchegar-me o ombro e Ana Gomes a estender-me os kleenexes."

João Miguel Tavares, hoje no DN

DNC 2008 wrap up

Esta foto diz muita coisa...

E uma boa reportagem a evidenciar os factos, e o que aí vem:

Ah... a espuma dos dias...

«Como mostra o gráfico, a criminalidade violenta diminuiu em 2007 cerca de 10%. Os dados para o primeiro semestre de 2008 dão um aumento de 10%, o que anula a diminuição de 2007. A ciminalidade de 2008 está aos níveis de 2006. A suposta onda de criminalidade afinal era o estado habitual do país em 2006. Alguém se lembra desses tempos terríveis?»

Bem postado, no Blasfémias

Barack Obama - a fechar

Mais do que o discurso em si, que foi excelente e do qual já escrevo algumas palavras em baixo, foi o evento no estádio dos Denver Broncos que me deixou completamente boquiaberto.

Como é que é possível 80.000 pessoas se juntarem, encherem um estádio, mais 38 milhões a assistirem na televisão, para ouvir um candidato discursar. Foi completamente de outro Mundo.

Barack Obama está de facto a mexer com a América. É o resultado de termos um candidato fresco, excelente oratória, com as ideias certas no momento certo - os americanos estão fartos de Bush e das políticas falhadas do Partido Republicano. Estão fartas de ver a economia a desacelerar, preços da gasolina a aumentar, desemprego, crise hipotecária, crise energética, conflito armado no Médio Oriente ad eternum, desigualdades sociais a aumentarem, falta de protecção social e na saúde, etc etc.

E Obama descreveu isso mesmo no seu discurso. Atacou forte os Republicanos, criticou intensamentre McCain/Bush e apresentou um conjunto de quase 30 medidas concretas com que pretende mudar o cenário económico e social.

Foi um discurso à altura da ocasião. Obama é realmente um fantástico orador, que capta a atenção das pessoas. O discurso foi muito bem escrito, e tocou naquilo que os Democratas necessitavam nesta altura da campanha.

Dar a conhecer melhor o background familiar de Obama, mostrando que ele também vem de uma família da classe média-baixa, e sabe quais são os problemas com que se debatem as pessoas. O seu percurso de baixo para cima, sendo criado pela mãe e os avós, chegando até Harvard e optando posteriormente por trabalhar no serviço à comunidade. Portanto a mensagem foi: eu sou um de vós, sei porque estão a passar, e sei lutar contra as adversidades.

Era necessário segurar o eleitorado operário, os blue-collar workers, os sindicalistas, as donas-de-casa, no fundo as pessoas mais sujeitas aos problemas da crise económica. E julgo que o Partido Democrata conseguiu. Não só com o discurso de Obama, mas também de todos aqueles que o antecederam - os Clinton fizeram um excelente papel.

E mostrou que Obama consegue fazer frente a McCain, herói da guerra do Vietname, sem se intimidar, bem pelo contrário.

Não há dúvidas que o COngresso foi um sucesso, e deu um grande balanço a Obama. Vamos ver se os Democratas conseguem descolar de vez, ou se o Congresso Republicano esta semana irá anular o efeito mediático de Obama esta semana.

Para já, a atenção que a nova nomeada para o ticket Republicano está a ter é mau sinal. Tenho para mim que é apenas passageiro, e fruto na novidade. Sarah Palin é uma mulher com muito bom aspecto, parece que não discursa mal, tem os valores conservadores (e retrógrados...) que os Republicanos adoram - mas tenho para mim que este estado de graça não vai durar muito. Bastará uma gaffe ou um qualquer escândalo e fica tudo estragado.

E McCain perdeu o seu maior trunfo - a crítica à falta de experiência de Obama. A nomeação de Sarah Palin foi uma fuga para a frente, e julgo ter tudo para a falhar, assim os americanos queiram - alguém consegue imaginar mais 4 anos disto, com uma vice-presidente a favor da posse de armas, a favor da exploração dos recursos naturais no Alasca, contra o aborto, sem perceber o que é que o conflito no Iraque significa. Cujo currículo foi ser Mayor de um sítio com 7.000 habitantes, e só há 2 anos é Governadora... sendo que esta senhora poderá ser nomeada Presidente caso aconteça alguma coisa a McCain. Eu julgo que, apesar de tudo, os americanos não são assim tão idiotas...

Al Gore

Também contribuiu para o "aquecimento global" (ok ok... a piadinha foi fraca, mas não resisti). Aqueceu o público para a estrela da noite.
Amanhã de manhã posto sobre o evento e Obama.

(Vice) Joe Biden

E aí está. Biden cumpriu o seu papel. Vai ser o ponta de lança nos ataques ao Partido Republicano e McCain. Foi um bom discurso, bateu em todos os pontos necessários. Teve alguma comoção no início, e julgo que mexeu com os americanos ao falar sobre a sua família e os valores por que foi criado. De facto, a cultura política americana não podia ser mais diferente da europeia.

Mas notei que o entusiasmo do público não foi tão grande quando falou sobre segurança e relações internacionais. Um sinal claro que o grande tema deste Outono vai ser a Economia, e o candidato que apresentar as ideias mais claras e convicentes será com grande probabilidade o próximo Presidente dos EUA. Os "swing states" (Pensilvânea, Ohio, Michigan), onde imperam os blue-collar workers serão fundamentais na equação.

Bill Clinton

Foi bom. Fez um bom discurso, fez um ataque seguro aos Republicanos, explanou bem as ideias dos Democratas, e deixou um apoio explícito a Barack Obama.

Por muito que se saiba o desgosto que tiveram na derrota das Primárias (pudera!), os Clinton não dão a face e estão aí em grande forma.

Espero que continuem a participar activamente na campanha. Hillary precisava de dar uma mãozinha no Novo México e Nevada, onde era a favorita da comunidade hispânica e sindicalistas, e onde Barack Obama parece estar a perder terreno para McCain. Se os Democratas não ganharem estes dois Estados vai ser muito difícil...

E continua...

Ainda não me cansei de o rever - o discurso de Hillary Clinton foi fantástico.

Conseguiu unir o partido, explanou as ideias que os Democratas devem defender na presidência, e criticou severamente McCain - "No way, no how, no McCain!- simplesmente umdos melhores discursos políticos que tive oportunidade de ouvir.

Hillary Clinton excedeu-se, e mostrou o porquê de a corrida Democrata ter sido taco-a-taco. Todos os Democratas estavam orgulhosos e tenho a certeza que este foi o Dia 1 do Congresso, que se irá reflectir no eleitorado.

A seguir são os discursos de Bill Clinton, e Joe Biden - aceitando a nomeação para o ticket democrata - e tenho um palpite que também irão rebentar a escala.

Mais propostas, mais críticas assertivas aos Republicanos e a McCain é o que se precisa !!

Hillary Day

Ontem os discursos de Michele Obama e Ted Kennedy foram bons. Um início de emoções, vá.

Hoje foi a sério. O Discurso de Hillary Clinton foi de outro Mundo ! Keep Going !!

Recortes do Congresso (II)

Recortes do Congresso (I)

Democrats are aware of tough race ahead

Joe Biden

A escolha para o lugar de vice-presidente no ticket Democrata é excelente na minha opinião.

Por duas razões fundamentais.

Joe Biden é um dos políticos mais batidos em política externa nos EUA. Ele é um dos verdadeiros especialistas, e por ele passaram muitas das principais discussões sobre as relações exteriores dos EUA nos últimos 30 anos. Claramente complementa Obama, que tem um défice nessa área, dando peso à candidatura.

Segundo, Biden é um verdadeiro liberal de esquerda. A sua nomeação para par de Obama é uma garantia que não haverá confusões na política do executivo Democrata nos próximos 4 anos. Mais igualdade e solidariedade - Healthcare e reforma do sistema de pensões, uma nova política energética, e uma nova estratégia da política externa norte-americana serão uma certeza. A sua própria vida pessoal reflecte os valores que defende. Não é um político de plástico.

Joe Biden foi sem dúvida uma excelente escolha, e aumentará o potencial do ticket Democrata.

De volta

Depois de 2 semanas de férias revigorantes em Portugal, e já a trabalhar desde a semana passada, posso dizer que estou de volta às lides blogueiras.

Amanha segue-se um passeio por Berlim, de que postarei fotos a devido tempo.

E hoje... hoje há Benfica-Inter, que também é importante...

Politics is not for stupids

Srs jornalistas/comentadores/bloggers/populaça - se querem aprender como se faz uma crítica séria, intensa, e demolidora, basta lerem este magnífico exemplar no NY Times:

It’s the Economic Stupidity, Stupid - Frank Rich

Claro... quem apanha o porradão é John McCain - aquele candidato que a Direita considera um exemplo...

In the north...

Chove torrencialmente. Trovões. Tempestade.

É Verão...

Nuclear? No thank you...

De volta às lides blogueiras...

Parece que anda tudo muito animado no triângulo à beira mar plantado, por causa do Governador do Banco de Portugal, que na apresentação do seu boletim na AR, se lembrou de mandar para o ar a importância que teria no futuro mix energético a produção de energia nuclear, devido às actuais condicionantes económicas, etc etc...

Entretanto lá se vão organizando debates vários nas televisões, chovem artigos e comentários na imprensa, blogs e afins.

Dado que nos encontramos em plena Silly Season não estranho, por aí além, a preocupação das mentes lusitanas com o problema. Também é verdade que dado o preço dos combustíveis as pessoas estejam mais acordadas para estas coisas.

Bottom line. O problema dos combustíveis - gasolina, gasóleo e derivados - é relativamente independente da energia eléctrica. Não é o facto de construirmos uma central que irá fazer descer os preços. As centrais eléctricas actualmente existentes são alimentadas a carvão, e as novas de ciclo combinado a gás natural. Ponto 1.

Ponto 2, uma central nuclear seja ela de que geração for, ou que tipo de urânio utilizar (o que uma pessoa aprende...), não irá acabar com a dependência energética do nosso País. Entre a posição dos críticos que nos dizem que Portugal teria apenas espaço para uma central, e a posição dos optimistas/promotores que nos dizem candidamente que Portugal tem condições para 3 (!!!) centrais, a fatia do bolo para uma energia nuclear rondaria os 5%. O que sendo significativo, não era nenhum milagre.

Logo, face a isto, valerá a pena se gastar milhares de milhões de euros dos contribuintes (pois... porque também aqui há subsídios...) na construção e futuro desmantelamento desta fonte, face ao exposto e aos riscos ambientais inerentes, que nem vale a pena repetir?

Creio bem que não. Para gastar dinheiro mais vale continuar a apostar nas renováveis, essas sim sustentáveis.
Portanto continuem a discussão. A malta no sofá agradece o espectáculo.

Invicta

Paulo Azevedo, CEO do grupo SONAE, afirma no DE que uma linha TGV Lisboa/Madrid é "absolutamente desnecessária".

Já uma linha Porto/Lisboa é fundamental... claro que o facto de já haver o Alfa não interessa para nada... TGV Lisboa/Madrid isso é que nem um tostão!!...

Exactamente !!

A expressão "selecção nacional" aplicada à equipa portuguesa que esteve no EURO-2008 é um bocado exagerada.
A selecção tem 10 milhões de potenciais adeptos mais o Vasco Pulido Valente. Só que as coisas não saõ assim tão simples: subtraímos três milhões ( 50% dos benfiquistas que não podem com o Ricardo e o António Pedro vasconcelos que não gosta do Scolari) , 0,25 milhões ( 50% dos sportinguistas que também não gostam do Ricardo) e outros 0,25 milhões ( todos os portistas porque não suportam o Scolari). Sobram apenas 6 milhões. Calculemos, por amostragem aleatória, que os emigrantes não fogem a este figurino: mais 4,5 milhões. Grand total: 10,5 milhões*.
Como o Benfica tem 22,1 milhões de adeptos em todo o mundo, o Benfica é que é a selecção nacional. O seu a seu dono.

posta no Mar Salgado

Manuela

Entre um candidato derrotado a pedir à nova líder que diga alguma coisa, e cerca de 25% de votos em branco, este PSD vai longe...

Com estes é que era !!!

Obrigadinho ó Ricardo...

Os Boches

Quando se mistura futebol com este tipo de coisas, uma pessoa só dá desconto por ter vindo na seccao de desporto... andam muito exaltados...

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Alguém postou nos comentários o NAO do referendo na Irlanda ao Tratado de Lisboa - na minha opiniao o problema dos irlandeses foi nao terem a sua Seleccao no Euro para se entreterem por estas alturas... portanto, tende paciência.

+++

Desculpem lá a falta de ~ e cedilhas... é consequência do Acordo Ortográfico aqui na casa...

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A ver se recomeco a actualizar isto convenientemente. Mas primeiro há que garantir a vitória hoje... senao amanha peco folga...

Coisas que realmente odeio (versão aqui da casa)

VÍRUS TROJAN...

2-0

Parece que vou postar várias vezes a bandeira nas próximas duas semanas. Isto começou bem :-)

Mas é preciso fazer comentários a isto ??

UEFA exclui FC Porto na próxima época

Tenham lá paciência ó andrades... então perdem 6 pontos no campeonato por tentativa de corrupção, não recorrem!! - ou seja, admitem a culpa, e agora querem o quê???

Aguentem lá estarem um ano a ver o Benfica na Champions, sentados no sofá... mai nada!!

Flip Flop à Direita...

Tem uma certa piada observar os comentadores de direita, quando Hillary era a grande favorita há um ano atrás, choveram elogios a Obama - o bipartisanship que ele proclamava era ouro na mesa. Desde que se virou a mesa, tendo Obama ganho a maioria dos delegados, não falta a aclamação a... Hillary.

Engraçado...

Last Night: Hillary e Obama

Dois grandes discursos, diga-se de passagem...

And when you think it can't get worse...

Chegado a casa pus-me a ver os vídeos do noticiário de ontem à noite na SIC, no seu site, e onde se encontra uma entrevista de Mário Crespo (MC) à Secretária de Estado dos Transportes.

Ana Paula Vitorino (APV) foi então defender a honra do Governo, pelo 1º Ministro se ter enterrado ao anunciar o troço do TGV, que parece ainda não é definitivo. Enfim, é uma tristeza, mas também não é grave por aí além.

Ora... o que é que a senhora Secretária de Estado se lembra de argumentar para defender o troço que passa sobre uma área ambiental protegida...? Não sei se chore se ria:

APV: "Existem cerca de 187hectares dessa mesma área que foram destruídos através de um olival clandestino!"

MC: "Como é que isso é possível ???"

APV: "Bom... Tem de perguntar aos produtores..."

MC: " !!!!!!!!!!! Eu tenho é de perguntar ao Governo !!!!!! "

Enfim, palavras para quê... ainda mostrou umas fotos do olival clandestino... pagava para saber quem foi o assessor que lhe deu a ideia para este rico espectáculo televisivo...

O Carnaval governativo não acaba... em 2009 ainda acabam por ter uma surpresa...

He has got it !!!

Será que Clinton aceitará a Vice-presidência - será que Obama a convidará...?

Teremos dias muito interessantes esta Primavera! A acompanhar.

Como é bom ser Benfiquista

Por estes dias, os consultores da LPM que apoiam o FC Porto andam numa roda viva...

Não há dia em que não saia uma notícia, seja nos desportivos seja nos generalistas, sobre a forma como o clube vai resolver a encrenca em que se meteu na UEFA.

Mas sinceramente, por muito bons que sejam, nem a LPM consegue fazer milagres... já dizia o Mourinho no seu auge no Chelsea (em inglês macarrónico): "No eggs, no omolettes"...

Amén

Agora, com o preço da gasolina a doer no bolso e a vida a crédito a andar para trás, os portugueses estão subitamente revoltados e, claro, descobriram o culpado habitual: o governo. Olha que sorte a Nossa Senhora de Fátima não querer ser primeira-ministra! Aí, até esgotaríamos a última reserva de esperança da nação: a esperança nos milagres.

Miguel Sousa Tavares, na sua coluna no Expresso

It's Hot like Hell

Com as temperaturas a variarem entre os 30-35°C - estar no trabalho torna-se um verdadeiro sacrifício... onde é que andam os ar-condicionados neste País...?????

Sermão aos Peixes...

Peixe destruído nos armazéns DocaPesca
Pescadores e armadores em greve invadiram as instalações destruíndo uma tonelada de peixe retido e que ia ser doado a instituições de solidariedade social. Pelo menos duas pessoas ficaram feridas.
no Expresso-online

Como escreve muito bem Eduardo Pitta, em Espanha os pescadores distribuem o peixe à população, em Portugal é como se vê... tristeza de País...

Santana Lopes

O resistente. Parece que lhe davam 15% dos votos, acabou com 1/3 do partido, representando bem a corrente populista do PSD.

Ganhou na Madeira, Braga, Beja, Faro, 2º em Aveiro, vitórias em importantes secções de Lisboa, e espante-se! ganhou na concelhia de Vila Nova de Gaia...

Face à diferença reduzida para Pedro Passos Coelho, o que fez a diferença apesar de tudo foi a Distrital do Porto, liderada pelo séquito de Menezes.

O futuro deste homem sinceramente não consigo vislumbrar. Já nos habituou a tudo. No curto prazo tenho curiosidade em saber se Ferreira Leite o convidará para Deputado na próxima legislatura...

E a montanha pariu um... Coelho

Pedro Passos Coelho perdeu uma grande oportunidade. Na minha opinião tão cedo não terá hipóteses de chegar a líder do seu partido, mesmo depois das Legislativas, onde outros pesos pesados como Rui Rio irão tentar concerteza a sua sorte.

Este candidato, cometeu um grande erro - como é evidente, por não ter ganho. O discurso do liberalismo encartado.

Um conjunto de tretas, que ele mesmo provavelmente não tem convicção nenhuma, e que a agência de comunicação que o apoia (também não sei quem) o mandou botar para fora.

Basta relembrar as reacções às suas propostas, por parte dos seus camaradas de partido, desde o campo de Ferreira Leite a Santana, para perceber que foi um completo tiro nos pés. E quando percebeu isso, já era tarde. E a emenda foi pior que o soneto - nos debates televisivos perdeu completamente o rumo. Foi claramente o candidato com pior performance, precisamente pelo facto de na minha opinião não ter ter qualquer convicção nessa corrente, e de pelos seus apoiantes serem a antítese do que defendia...

A comunidade blogueira pode parecer muito engraçada, e os liberais encartados portugueses muito interessantes, atraentes e convictos. Mas estão desfasados do seu País e dos portugueses.

Mas há alguém no povo português que queira desmantelar o Serviço Nacional de Saúde? Privatizar a Caixa Geral de Depósitos? Entre várias outras pérolas que nos presenteou...

Para não ir às questões de fundo, que este tipo de corrente ideológica suscita.

Enfim. Esta candidatura era um Melting Pot de tudo e coisa nenhuma. Tinha o apoio de Menezes e de Barões do partido. Anunciou uma nova corrente política, mas arrependeu-se a meio.

Como é possível anunciar com pompa e circunstância um novo rumo liberal para o País, se o seu maior apoiante, Filipe Menezes era o maior populista do Partido, tendo pregado contra tudo o que era fechar Estado pelo País fora...?

Espero que isto tenha sido uma lição para muita gente...