Todo o filme é como se fosse um campanha publicitária à cidade. Apesar de passar também pelas Astúrias, praticamente tudo roda à volta de Gaúdi, Miró, os monumentos, os restaurantes, as ruas, as mercearias, as pessoas, a música, tudo o que respire Barcelona.
Começa a abrir com uma música de Giulia y Los Tellarini chamada... Barcelona, cuja letra repete sistematicamente a palavra... Barcelona. A um ritmo agradável, e a que é impossível desligar.
Para não estar aqui com mais poetices, a questão que retiro disto é: quando é que alguém faz um filme deste género sobre Lisboa. Ou sobre o Porto, para o caso.
Este filme foi subsidiado por tudo o que é autoridade pública catalã. E terá o nome e as imagens da cidade espalhadas por todo o Mundo por vários meses, vistas por milhões de pessoas. Um folhetim turístico incomparável.
Não era mais produtivo o ICAM (ou lá como se chama...) investir uns milhões em algo assim em Portugal? Gastamos uns valentes euros do erário público para financiar a "criatividade" de vários realizadores, cujas obras de arte conseguem ser visualizadas por meia dúzia de almas, e o que é que ganhamos com isso...? Ok, para não ser totalmente injusto para uma indústria que desempenha um papel importante na divulgação do português, o que por si já não é pouco - que tal investir os milhões do "west coast of europe", as vaquinhas da Praça de Espanha, ou raio que os parta, e todas as campanhas que anualmente estoiram dinheiro de todos os contribuintes, e investissem numa produção cinematográfica deste género. Se fosse bem feita, com bons actores e um bom realizador... ou será apenas uma patetice, e também um desperdício de € ??
Para Barcelona resultou muito bem...
Já agora posto uma das músicas da banda sonora do filme - Astúrias, de Isaac Albeniz.
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