Depois da posta anterior, que me tomou algum tempo, já refastelado por saber que o Benfica ganhou em Guimarães, pensava que hoje já não escrevia mais nada. Entretanto dou com a extraordinária notícia da nacionalização do BPN...
Lendo o que saiu na comunicação social, esta nacionalização não faz qualquer sentido.
A crise que se abateu no BPN não tem nada a ver com a crise do mercado de crédito, mas sim com burlas e fraudes desta instituição, que claramente a colocaram numa situação insolvente, com prejuízos e incapacidade de cumprir obrigações.
Deve o Estado utilizar o dinheiro dos contribuintes para salvar uma instituição destas? Pelo que leio, não. Vivemos e bem num sistema capitalista, em que as empresas mais fortes e competitivas triunfam, e as empresas incapazes encerram, vendem-se, vão à falência... assim reforça-se o valor das empresas que sobrevivem.
Se o que está na base da decisão é a "importância" do BPN no sistema financeiro português, ou as participações que o banco possa ter noutros sectores ou empresas, algo está mal... desde quando é que o BPN é um banco fundamental no nosso sistema...? Esse seria o único princípio que levaria a esta acção do Estado.
Escrevo um pouco a quente, pois faltam aqui pormenores, que podem ter levado a esta decisão do Governo. Mas como convicção isto é claramente um erro, e quem fica a arder, como sempre, são os contribuintes. Esta brincadeira vai custar no minímo 700 milhões de euros...
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