Os resultados entre os candidatos indiciam claras linhas distintas ideológicas dentro do partido, embora eu distinga apenas duas - uma mais populista (representada por Santana Lopes) e outra mais conservadora (por Manuela Ferreira Leite) - não creio que Passos Coelho represente uma linha política própria, pois os seus apoios vieram dos dois lados, basta ver entre os seus apoiantes simultaneamente Luís Filipe Menezes e Paulo Teixeira Pinto...
As declarações de Menezes ontem de manhã também indiciam outra coisa, é que o clima de guerrilha não irá acabar. Para mal do PSD, para bem do PS.
Ferreira Leite vai ter enormes dificuldades em fazer face a Sócrates, porque no fundo, para a actual situação económica e orçamental do País, duvido que ela apresente inovações ao que o Governo presentemente realiza.
Já começou a ensaiar o discurso de "o PS interessa-se pelos grandes investimentos, grandes empresas, o PSD terá de pensar nos pequenos/médios investimentos, p/m empresas" para agarrar a classe média. Não sei quem são os consultores de comunicação da nova líder do PSD, mas parece-me difícil colar esta imagem.
Alguém acredita que o PSD não favorecerá grandes grupos económicos, grandes investimentos?
Onde está então a alternativa...?
O resultado das próximas Legislativas não dependerá da oposição (Manuela Ferreira Leite), mas sim do melhor ou pior desempenho do Governo/Sócrates até lá.
1 comment:
Passos Coelho agregou gente de ambos os lados porque a sua linha ideológica não tem que ver com a habitual divisão ideológica em Portugal: ele é um Liberal, com todas as características. Só que ser Liberal em Portugal está mal visto, é considerado uma degeneração política quase porque o País não sabe o que é sê-lo.
Manuela Ferreira Leite é economista e conhece as linhas com que se cose o País em muitas áreas, ao contrário de Sócrates, que se arma em tecnocráta, desprezando as pessoas e o seu valor. Veremos como se comportará tudo!
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