Barack Obama fez hoje um grande discurso sobre a questão da raça. Dito assim não soa muito bem. Raça é uma palavra que o português não utiliza. Falamos de racismo. Raça é uma palavra muito forte.
Nos Estados Unidos da América parece que vão começar a encarar este tema de frente. Com Barack Obama. Pai negro e mãe branca. Escrever negro, branco, assim em português não soa muito bem.
Em Portugal temos vergonha em dizer negro ou branco. Mas chamamos preto.
Portugal é um País racista.
Vejamos os nossos representantes políticos. Quantas pessoas negras se vislumbram no Parlamento? Quantas pessoas negras são Presidentes de Câmara Municipais? Autarcas? Assessores? Ministros...?
Bem podemos dizer que o nosso maior atleta da história era negro, idolatrado pelo País, e tem uma estátua em frente ao estádio do seu clube. É excepção que confirma a regra. A grande excepção.
Uma empresa pública de um País africano, antiga colónia, população maioritariamente negra, compra 5% do BCP, mais uma quota da holding do grupo Amorim que controla parte da Galp e cai o Carmo e a Trindade. É escandaleira nacional.
Este debate que vai dominar o combate político nos EUA nos próximos meses, graças a Obama, caso se confirme a sua nomeação, é um debate que vai acontecer em Portugal também. No futuro. Sinceramente, espero que não muito longínquo.
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